Recebi um mail, que esta espectacular acerca do dialecto da minha terra.
"O prrometidê póste acêrrca do dialéte da nha terrã:
Labutes, a cidade onde ê nasci têm o dialéte más benito de todo o Perrtegal.
Temes uma data de bairres em que se fálã dialétes diferrentes. O nosse clube é o VItÓrria, que na é grrande, é enorrme! Ma depos o rai dos jegadorres ficãn todes à babuje e na há mei de marrcá gôles.
O pove vai tode verr os jogues e há uma clác que grrita "VAMES EMBORRA VITÓRRIA!", mas norrmalmente depois só batem do bombe trrês vezes.
Se a mei dum jogue porr acaze óvérr perrada, o prrimeirro a levarr é o arróles. Fica logo arrepêze de terr aberrte a bocã!
- AúA! Apá Sóce!
Em miúdes arranjãn-se amigues nas turrmas do cicle, a quemerr rabeçadinhes e rájás , a jegarr ó begalhe - (MARRALHAS!!) - e ó piã; a brrincárr co bichaninhas e bufas de lobe do Carrnaval. Com dezasseis anes arranjam uma bessiclete a motorr paírr pó liceu. Mais tarrde o pessoal quenhéce-se nos balhes das escolas e já na se deslarrga. As gajinhas começem a temárr a pírrela. Já depois dos trrinta, tudo com grrande cafetêrras e já cáse sen saguentarr denpé, a atrravesárr o Abusrrde e a verr as vistas, como se tivesse a andarr de ferribote, pa trrás e pá frrente, tipo fega, de volta das solteirronas à caça de bêbades. (ajuntãn-se a sorrte grrande e a terrminação)
Lá em Labutes temos inemigues morrtais: os cagalêtes de Sesimbra e os Carraméles de Palmela. São aqueles que dizem a todágente que mórram em Setúbal, cando verrdade são dos arrebáldes. Quando nos encontrrames faz semprre faíscã e há semprre alguém a atiçarr pándarr à mócáda - enhagórra!
Todá gente que lá vai pensa que só se come chôque frrite, carrapaus e sarrdinha.
Sabem o que é uma Esquilhã? Um charre do alte? umas irrozes? uns encharroques? Têm que irr Àalóta!
Apanha-se a caminéte nos Béles, que à noite tá chei de gajinhas enquelhidas de frrio áborrdarr os carres.
Os carres parrem e fiquem ali a empacharr, a discutirr quantes marréis são, porrque são fómícas. O pessoal tem mede de se espatarr, mas nunca desólhã e conduz com cuidade.
A nha terra é a má linda e não há em lade nenhum um ri azul igual ó meu! (e na me venhem com essa estórria de marrgem sul, que nós têmes o nosse prróprrio rio e nã prrecizames do rio de ninguéin parra nos lecalizarrmes!)"