domingo, 26 de abril de 2009

Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes





Na passada semana foi aprovado pela Câmara Municipal de Setúbal a construção de uma unidade hoteleira e de um condomínio habitacional no Convento de Brancanes.
O Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes, dito mais simplesmente Convento de Brancanes, foi fundado em 1682 por Frei António das Chagas, para nele se formarem missionários na sequência do prestígio apostólico dos frades franciscanos conhecidos pelos ‘missionários do Varatojo.
Em 11 de Junho de 1761 ingressou como noviço no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes Alexandre José da Silva, onde tomou os votos e professou a 13 de Junho de 1762, adoptando então o nome religioso por que é conhecido: frei Alexandre da Sagrada Família.
Após o terramoto de 1755, a Câmara de Setúbal instalou-se e passou a funcionar no Convento de Brancanes. Também aquando das invasões Francesas (princípio do século XIX), estes ocuparam o Convento para nele instalarem um hospital militar.
O Convento possuía uma importante biblioteca com livros raros que, na noite de 4 para 5 de Outubro de 1910, foram queimados na sequência de fogo posto pela população em fúria, danificando o edifício, tal como vieram também a fazer ao edifício dos Paços do Concelho.
Ao longo do Século XX, o edifício de rara beleza foi quartel militar e estabelecimento prisional depois de 1998 até 2007. Totalmente desactivado, veio então a ser vendido a uma entidade privada alegadamente detida pelo advogado António Lamego, antigo sócio de Alberto Costa, ministro da Justiça. Este foi o primeiro estabelecimento prisional vendido pelo Estado a privados no âmbito do programa de alienações lançado por Alberto Costa. Segundo o jornal “Público”, a propriedade, que custou ao Estado quatro milhões de euros, foi agora vendida à imobiliária Diraniproject III por 3,4 milhões de euros. Segundo o gabinete do ministro da Justiça, esta foi a melhor proposta para esta venda, com cerca de sete por cento acima do segundo classificado.

3 comentários:

Lewis disse...

Interessante!

RUI disse...

Minha Amiga: que saudades de ver Brancanes (...mesmo que não seja pelas melhores razões...)onde vivi a minha meninice alí na Quinta Alves da Silva.
Gostaria de ficar como "seguidor" mas não me apercebi do local onde poderia fazê-lo...!!! E é uma pena pq esse Blog me diz tanto de Setúbal...!!!
Abração do
Rui
1lindomenino

Unknown disse...

havia um conjunto de azulejos, em como lá teria morrido um nosso escritor, cujo nome figura na toponímia de Setúbal, muito azulejo foi tapado com muros de cimento da tropa, e, mais cimentado com a guarda prisional. Vai para os boys, ávidos e ignorantes, capatazes incapazes dos poderes de Portugal