terça-feira, 25 de agosto de 2009

Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia


Durante três dias decorreu na Caldeira em Tróia, as festa em honra da senhora do Rosário. Ontem, ultimo dia das festividades decorreu o cortejo cheio de cor e alguma fé, esta tradição da comunidade piscatória de Setúbal (Fontainhas) vira-se à cidade.
Pouco faltava para as 17h30 quando os barcos se começaram a alinhar na Caldeira para dar início ao momento mais emocionante das Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia.
Este ano, coube à "“Mãe do Mar”, o privilégio de transportar a imagem que protege os
pescadores do desgosto e da má sorte, esta embarcação seguiu na frente do círio, transportando a banda de música, seguida então por todos as outras embarcações, de pesca profissional e de recreio.
Cerca das 18h00 partiram da Caldeira em direcção a Setúbal, com passagens pela Marina de Tróia e Hospital do Outão, onde os participantes, a bordo das embarcações, trocaram acenos com lenços brancos com doentes ali internados, e que aguardam nas varandas a passagem do círio.
Ainda e sempre ao som das buzinas dos barcos e da fanfarra dos Bombeiros, a procissão passou frente à Comenda, praia da Albarquel, parque urbano, Lota, jardim da beira-mar, terminando na parte exterior da doca das Fontaínhas.
E assim se juntaram centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.
E assim se vão juntando centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.

Já no século XVI se fazia referência à festa de Santa Maria de Tróia. Por este nome depreende-se que as festividades foram sempre dirigidas a Nossa Senhora, mas com invocações diferentes. Reza a lenda que há muitos anos "havia duas festas, uma dos camponeses da Comporta e do Carvalhal, e outra dos pescadores de Setúbal". Mas, conta Armando Oliveira, presidente da comissão organizadora, houve uma altura em que a primeira acabou e houve um interregno na dos pescadores. Foi nesse período que um pescador vinha de regresso de Tróia em direcção a Setúbal e fez-se um ciclone. "O homem abrigou-se debaixo do nicho de Nossa Senhora, salvou-se e garantiu que a festa não se deixaria de fazer a partir daí". Assim foi, pelo menos durante uns anos, já que mais tarde houve nova interrupção e foram os sacristães de Santa Maria, de São Julião, de São Sebastião e da Anunciada que retomaram a festividade, há 75 anos.
Dizem que esta Santinha foi encontrada enrolada na areia e foi apanhada por um pescador, que juntamente com os seus camaradas lhe construíram uma pequena e tosca capela. O aparecimento desta imagem na praia, deve-se a qualquer naufrágio que se tivesse dado na costa, pois os navios que faziam longas viagens traziam sempre a bordo a imagem de uma Santa e, como esta foi encontrada em Tróia, daí o nome de Nossa Senhora da Tróia.
Mas tudo isto data de muitos anos atrás, pois que se sabe que nos finais do século XVI, já existia a capela de Nossa Senhora de Tróia, realizando-se nessa altura duas festas, em Agosto todos os anos, sendo uma de camponeses da Comporta e do Carvalhal e outra dos pescadores de Setúbal . E foi por ordem de D. João V, que ali foi colocado um capelão para que pudesse dizer a missa.
Esta Imagem foi transferida da sua ermida junta às ruínas de Cetóbriga em 1853 para Setúbal ficando na igreja da Boa-Morte (que hoje já não existe) onde esteve 45 anos, até se fazer a actual capelinha que se encontra ainda na Caldeira da Tróia, desde 1898, começando a realizar-se as festas e procissões em honra de Nossa Senhora da Tróia a partir de 1946. A esta procissão pelo mar sofreu um interregno de: 1974 a 1980, mas a partir dai tudo se normalizou.

O Fado da Caldeira

Perguntaram-me outro dia
Se era boa a brincadeira
Que sempre aqui se fazia
Na nossa querida Caldeira
Respondi sem hesitar
Com grande satisfação
Que se passava a brincar
A temporada de verão

Refrão

Tardes amenas
Noites serenas
Isto é caldeira
Gente modesta
Mas sempre em festa
Isto é Caldeira
Pois toda a gente
Entra contente
Na brincadeira
Rir e folgar
É a divisa
Cá na Caldeira
São três meses de folia
E de sã camaradagem
Banhos de mar e sol de dia
Á noite uma fresca aragem
O tempo aqui na caldeira
É de chuva, vento, sol e calor
Há respeito e brincadeira
Cabo de mar e regedor

Refrão

Rapazes e raparigas
E Família muito sérias
Para descansar as fadigas
Vêm aqui passar as férias
E quando tudo partir
Em franca fraternidade
Todo ano vão sentir
Desta Caldeira Saudade


Ano de 1951
Música: Tudo isto é fado
Letra: Glória Zorro
Canta: Mariana Pereira


Excelente reportagem fotográfica em barcosnoriosado.blogspot.com

http://www.slide.com/r/yHEhx8RwzD8ZZhrlDEwupoYixmguZlXT?map=2&cy=bb

Um comentário:

ANTONIO LOPES disse...

Caros (as) amigos (as);

PROPOSTAS DE ESPECTÁCULOS:


LUCAS & MATHEUS (dupla brasileira)
18 anos de carreira em Portugal. Brevemente no mercado o 18º cd (editora Espacial).
Espectáculos em playback (com ou sem bailarinas) ou com banda (12 pessoas em palco, 8 músicos, 2 bailarinas e a dupla).
Romantismo quanto baste, mas fundamentalmente a animação com as canções mais ritmadas.
Os concertos são simplesmente fabulosos.
Site:
www.lucasematheus.com


LÉO & LEANDRO (dupla brasileira)
3 anos de carreira em Portugal. Brevemente no mercado o 3º cd (editora Espacial).
Espectáculo em playback (com ou sem bailarinas) ou com banda (10 pessoas em palco, 6 músicos, 2 bailarinas e a dupla).
Romantismo quanto baste, mas fundamentalmente a animação com as canções mais ritmadas.
Os concertos são surpreendentes.
Site: www.leoeleandro.com.pt


BANDA CORAÇÃO SERTANEJO
Um grande projecto. Sairá brevemente o seu 1º cd editado em Portugal pela editora Espacial. Na linha das bandas brasileiras Calcinha Preta e Calypso, pretende ir de encontro ás pretensões do nosso mercado. Animação total, com repertório próprio e também interpretando os grandes sucessos da música do Brasil. O cd será composto por 12 canções inéditas abarcando diversos estilos, tais como: FORRÓ, CARIMBÓ, CALYPSO, BAIÃO, SERTANEJO, etc.
A banda será composta por 6 músicos, um casal de bailarinos (trajados a preceito), um vocalista e uma vocalista. Um concerto imperdível.
Site: brevemente

AGRUPAMENTO MUSICAL IVASON
Formado há 10 anos, com 9 cd´s editados lançarão brevemente o 10º através da editora Espacial, composto por 12 canções inéditas.
A música de baile no seu estado mais puro, 100% portuguesa. Na melhor tradição do bailarico de aldeia, são 3 horas consecutivas de temas só para dançar sem parar.
Esta banda é das mais solicitada para actuações em festas populares, o que atesta de facto a sua qualidade e prestígio.
Site:
www.ivason.com

Nota: Aguardo o vosso contacto para mais informações.

ANTÓNIO LOPES (913729192/960195669/email:
antonio.alproducoes@gmail.com)