quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Francisco Finura




«Professor de hipnose, psicanálise, magnetismo e fascinação, ilusionista, fakir, toureiro, astro internacional de cinema, arqueólogo, marinheiro de longo curso, escafandrista, cozinheiro, mergulhador profissional, homem-rã, industrial de conservas, serralheiro, torneiro, bate-chapa, mecânico, electricista, boxeur, judoca, ciclista, hóquei em patins, basquetebol e voleibol.»


Excelente fotografia de Maurício Abreu

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia


Durante três dias decorreu na Caldeira em Tróia, as festa em honra da senhora do Rosário. Ontem, ultimo dia das festividades decorreu o cortejo cheio de cor e alguma fé, esta tradição da comunidade piscatória de Setúbal (Fontainhas) vira-se à cidade.
Pouco faltava para as 17h30 quando os barcos se começaram a alinhar na Caldeira para dar início ao momento mais emocionante das Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia.
Este ano, coube à "“Mãe do Mar”, o privilégio de transportar a imagem que protege os
pescadores do desgosto e da má sorte, esta embarcação seguiu na frente do círio, transportando a banda de música, seguida então por todos as outras embarcações, de pesca profissional e de recreio.
Cerca das 18h00 partiram da Caldeira em direcção a Setúbal, com passagens pela Marina de Tróia e Hospital do Outão, onde os participantes, a bordo das embarcações, trocaram acenos com lenços brancos com doentes ali internados, e que aguardam nas varandas a passagem do círio.
Ainda e sempre ao som das buzinas dos barcos e da fanfarra dos Bombeiros, a procissão passou frente à Comenda, praia da Albarquel, parque urbano, Lota, jardim da beira-mar, terminando na parte exterior da doca das Fontaínhas.
E assim se juntaram centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.
E assim se vão juntando centenas de pessoas ao longo da margem, crentes ou simples curiosos, elevando os lenços brancos, lançando flores ao rio em memória dos que morreram no mar, velando as lágrimas, sussurrando orações. De quando em vez, os barcos alinham lado a lado voltados para terra, como que devolvendo os cumprimentos nos olhos das pessoas.

Já no século XVI se fazia referência à festa de Santa Maria de Tróia. Por este nome depreende-se que as festividades foram sempre dirigidas a Nossa Senhora, mas com invocações diferentes. Reza a lenda que há muitos anos "havia duas festas, uma dos camponeses da Comporta e do Carvalhal, e outra dos pescadores de Setúbal". Mas, conta Armando Oliveira, presidente da comissão organizadora, houve uma altura em que a primeira acabou e houve um interregno na dos pescadores. Foi nesse período que um pescador vinha de regresso de Tróia em direcção a Setúbal e fez-se um ciclone. "O homem abrigou-se debaixo do nicho de Nossa Senhora, salvou-se e garantiu que a festa não se deixaria de fazer a partir daí". Assim foi, pelo menos durante uns anos, já que mais tarde houve nova interrupção e foram os sacristães de Santa Maria, de São Julião, de São Sebastião e da Anunciada que retomaram a festividade, há 75 anos.
Dizem que esta Santinha foi encontrada enrolada na areia e foi apanhada por um pescador, que juntamente com os seus camaradas lhe construíram uma pequena e tosca capela. O aparecimento desta imagem na praia, deve-se a qualquer naufrágio que se tivesse dado na costa, pois os navios que faziam longas viagens traziam sempre a bordo a imagem de uma Santa e, como esta foi encontrada em Tróia, daí o nome de Nossa Senhora da Tróia.
Mas tudo isto data de muitos anos atrás, pois que se sabe que nos finais do século XVI, já existia a capela de Nossa Senhora de Tróia, realizando-se nessa altura duas festas, em Agosto todos os anos, sendo uma de camponeses da Comporta e do Carvalhal e outra dos pescadores de Setúbal . E foi por ordem de D. João V, que ali foi colocado um capelão para que pudesse dizer a missa.
Esta Imagem foi transferida da sua ermida junta às ruínas de Cetóbriga em 1853 para Setúbal ficando na igreja da Boa-Morte (que hoje já não existe) onde esteve 45 anos, até se fazer a actual capelinha que se encontra ainda na Caldeira da Tróia, desde 1898, começando a realizar-se as festas e procissões em honra de Nossa Senhora da Tróia a partir de 1946. A esta procissão pelo mar sofreu um interregno de: 1974 a 1980, mas a partir dai tudo se normalizou.

O Fado da Caldeira

Perguntaram-me outro dia
Se era boa a brincadeira
Que sempre aqui se fazia
Na nossa querida Caldeira
Respondi sem hesitar
Com grande satisfação
Que se passava a brincar
A temporada de verão

Refrão

Tardes amenas
Noites serenas
Isto é caldeira
Gente modesta
Mas sempre em festa
Isto é Caldeira
Pois toda a gente
Entra contente
Na brincadeira
Rir e folgar
É a divisa
Cá na Caldeira
São três meses de folia
E de sã camaradagem
Banhos de mar e sol de dia
Á noite uma fresca aragem
O tempo aqui na caldeira
É de chuva, vento, sol e calor
Há respeito e brincadeira
Cabo de mar e regedor

Refrão

Rapazes e raparigas
E Família muito sérias
Para descansar as fadigas
Vêm aqui passar as férias
E quando tudo partir
Em franca fraternidade
Todo ano vão sentir
Desta Caldeira Saudade


Ano de 1951
Música: Tudo isto é fado
Letra: Glória Zorro
Canta: Mariana Pereira


Excelente reportagem fotográfica em barcosnoriosado.blogspot.com

http://www.slide.com/r/yHEhx8RwzD8ZZhrlDEwupoYixmguZlXT?map=2&cy=bb

Festa do Teatro


Do teatro, música, curtas-metragens, oficina de teatro, debates, espaço do conto, aos espectáculos de sala e de rua, formas artísticas emergentes e de natureza pluridisciplinar, a Festa continua a ser um interlocutor entre os artistas e a comunidade.

(…) Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, géneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.
Teatro não pode ser apenas um evento – é forma de vida! Actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a Transforma! (…)
Augusto Boal

De 22 Agosto a 5 de Setembro, a Festa Faz-se!

AGOSTO
22> 19h> Salão Nobre> Sessão de Abertura – Teatro Estúdio Fontenova ☻
22> 22h> Claustros do Convento de Jesus> Uma Rampa para ti – Fiar – Centro de Artes de Rua de Palmela
23> 22h> Auditório José Afonso> Humanum Fatum – PIA – Projectos de Intervenção Artística. ☻
24> 22h> Escola Sebastião da Gama> Oro8oro – Teatro Estúdio Fontenova
26> 22h> Escola Sebastião da Gama> Le tour du monde en 80 voix – Khalid K, França
27> 22h> Clube Setubalense> Mostra de Curtas-metragens – Experimentáculo ☻
28> 22h> Escola Sebastião da Gama> Cafundó – Onde o Vento Faz a Curva – CIA D’Artes do Brasil
28>22h > Cine Teatro - S. João/Palmela > Le tour du monde en 80 voix – Khalid K, (França)
29>19h |21h | 22h30> Praça do Bocage> Luto Clandestino – Teatro O bando
30> 22h> Clube Setubalense> Narrador, narra-me uma narrativa… – Teatro Estúdio Fontenova ☻
31> 22h> Academia Problemática e Obscura (R. Deputado Henrique Cardoso) – Conversas de Teatro – O Teatro como Poder – Fernando Dacosta, Eugénia Vasques e Rui Pina Coelho ☻

SETEMBRO
02> 22h> Parque do Bonfim> As Justiceiras – Teatro ao Largo
03> 22h> Escola Sebastião da Gama> Canção do Vale – Teatro dos Aloés
04> 22h> Escola Sebastião da Gama> Apresentação do Trabalho final da Oficina de teatro/ Educação para a Cidadania e Inclusão ☻
05> 22h> Escola Sebastião da Gama> Apresentação do Trabalho final da Oficina de Teatro/ Educação para a Cidadania e Inclusão ☻
05> 23h> Claustros do Convento de Jesus> Concerto com Baile Mandado –Bailebúrdia

☻ Entrada livre

Mais informações em: Blog www.teatrofontenova.blogspot.com

domingo, 23 de agosto de 2009

O mármore da Arrábida






Sobre este maravilhoso mármore e seu uso em construções na nossa cidade, tenho manifestado o meu desacordo, quanto ao emprego do mesmo na construção do cruzeiro implantado no Largo de Jesus, frente ao Mosteiro, conforme de uma maneira geral, este é considerado como tendo sido feito com pedra mármore do nosso monte Barbárico.

Embora não seja petrólogo tenho assente esta ideia, em declarações escritas do petrólogo setubalense Luís Gonzaga do Nascimento, que numa separata do jornal A Indústria de 1946, diz o seguinte:” O artístico cruzeiro de Jesus é de mármore da Serra do Viso (mármore muito semelhante ao da Arrábida, mas mais difícil de polir do que este), e não de mármore da Arrábida como erradamente se tem dito e escrito.” Mais adiante esclarece melhor algo sobre os seus estudos.

“ Tenho na minha colecção de petrologia local, várias amostras de mármore da Arrábida e mármore da Serra do Viso. O mármore da Serra da Arrábida é mais aglutinado do que o da Serra do Viso. Se bem que grandemente semelhantes, no mármore da Arrábida predominam as manchas negras e arroxeadas. No mármore da Serra do Viso predominam as manchas esbranquiçadas barrentas.”

Para ainda esclarecer melhor estas dúvidas, tenho em meu poder a revista Panorama de 1842, que confirma tudo isto que tenho escrito sobre o Cruzeiro e Mosteiro de Jesus, construído também do mesmo mármore, e que passo igualmente a transcrever:

“ Merece porém especial notícia a pedra, que nesta construção foi empregada, por isso mesmo que não é comum o uso dela, e dá ao corpo da obra uma aparência de certo matiz, a que os olhos andam pouco afeitos; é o grés vermelho antigo (older red conglomerate dos ingleses), que foi extraído da Serra de S. Filipe e Viso, vizinha `vila de Setúbal; desta pedra nos consta que havia obras no hospital de S. José, desta corte.”

Realmente não se compreendia, que se fosse buscar à Serra da Arrábida o seu mármore, quando o tínhamos bem parecido à nossa porta, ou seja, o filão de pedra do Viso até à Serra de S. Filipe, que foi engolido possivelmente pelas movimentações terrestres de há algumas centenas de anos após, ou por ser um filão pouco extenso.

Julgo que confirmei o que tenho escrito sobre este assunto, que alguns ilustres e esclarecidos setubalenses na área histórica, tem posto em dúvida.

Por João Francisco Envia no jornal "O Setubalense" de 10-08-2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Petição Quando Troia era livre


"Quando a troia era livre" é o nome de uma petição publica que esta a decorrer na net aqui fica o manifesto:

" Petição Quando Troia era livre
Para:Presidente da Camara Municipal de Grândola

É com enorme desgosto que assisto a destruição de mais uma das belas paisagens do meu conselho de Grândola, estou a falar de Tróia é claro que deixou de ter aquelas belas praias selvagens para passar a ter betão.
Tróia foi servida de bandeja ao paradigma nacional dos negócios de lucro fácil e do capital intensivo, Belmiro de Azevedo. Pelo meio, a perspectiva de um Casino a fazer brilhar de cobiça os olhos do um autarca de Grândola a sonhar com o dinheiro que lhe permitirá acrescentar "obra" àquela que tem deixado implantar nas zonas dunares e agrícolas ao longo da costa alentejana... O facto de Tróia pertencer ao Concelho de Grândola não foi a única justificação para que o "Debate Público" sobre o projecto fosse agendado para Grândola, para bem longe daqueles que historicamente usaram as suas praias.

A um Estado incompetente em gerir um recurso natural e histórico de valor inestimável, juntou-se a oportunidade do negócio exclusivo. Com a desculpa do turismo, a construção maciça de segunda habitação para rico desfrutar. E o autarca "socialista" de Grândola a sonhar com o dinheiro das licenças de construção e do imposto autárquico...


José Sócrates, também "socialista" rendido aos valores da especulação imobiliária, o mesmo que patrocinou a co-incineração do outro lado do rio no meio das crateras da cimenteira Secil (convenientemente tapada digitalmente nos primeiros vídeos de apresentação do empreendimento), lá foi fingir a ignição da implosão das duas torres que teriam ficado mal construídas desde os tempos da Soltróia.


Hoje, os velhos ferrieboats a preto e branco da Transado, que transportavam pessoas e automóveis para o outro lado do rio, foram substituídos por outros de uma toda modernaça cor verde-alface... de estufa. Não foi só a cor das embarcações que foi alterada, o trajecto também, que passou a ser mais longo e feito para o interior do rio, para um antigo embarcadouro dos fuzileiros e pelo meio da rota de alimentação dos famosos golfinhos de Setúbal - de facto, roazes corvineiros, uma comunidade em declínio acelerado e já considerada em extinção pelos biólogos marítimos.


Para colmatar a distância do cais às praias da costa, a empresa de Belmiro colocou autocarros para levar as pessoas do cais dos ferrieboats para a costa. E fez cair sobre os "clientes" a duplicação do tempo de viagem e sobretudo o preço de acesso às praias. As embarcações que transportavam exclusivamente pessoas estão paradas no estaleiro, anunciaram-se novos hovercraft para os substituir mas estes ainda não apareceram - hovercraft, já os ouve no Rio Sado, mas desapareceram: dentre outras razões, o preço era tão proibitivo que os "convencionais" mantiveram a preferência dos setubalenses.

Quem pretender fazer o caminho a pé ao longo da costa terá à sua frente vedações e seguranças que o demoverão de passar na "propriedade privada". Uma repetição do abusivo impedimento da passagem pelo meio das urbanizações construídas em redor dos antigos caminhos de acesso às praias, iato num país que escreveu na Constituição que a orla marítima é de Direito Público e que não reconhece a existência de praias privadas... A desculpa: “os abusos” de alguns . A velha desculpa dos gestores incapazes de defenderem o Bem Público, e de quem encontra aí o argumento-chave para convencer os idiotas úteis quando é necessário acabar com o que é de Todos e de Todas.


Os signatários
"

sábado, 15 de agosto de 2009

CAGALHÃO DA MARIA ESQUELHA

BAIRRO SALGADO






A partir do século XIX houve um impulso no desenvolvimento de Setúbal, com a chegada do caminho-de-ferro em 1860, o início da construção da avenida Luísa Todi e a elevação da a cidade. Para além destes marcos de desenvolvimento, foi também neste século que começaram a funcionar as primeiras fábricas de conserva e o início da fama das laranjas e moscatel de Setúbal.
O aumento da população de Setúbal, devido à fixação das indústrias conserveiras, por industriais franceses, na cidade e toda a deslocação de operários para essas indústrias, levou a que fossem estudadas formas de alargamento da cidade. Nesse momento da história, a cidade existente estava encurralada entre o Rio Sado e as imensas quintas, praticamente chegavam à avenida Luísa Todi. Foi nos finais do séc. XVIII que se iniciou a construção do bairro Salgado com a delimitação de algumas ruas, representando na Idade Contemporânea a primeira expansão da cidade para o Norte, tendo ficado concluída até 1985.
A maioria da burguesia decidiu investir neste bairro, tendo-se tornado na zona residencial por excelência dos anos 20, com vivendas unifamiliares inseridas na arquitectura da corrente Arte Nova.
O aspecto exterior das habitações do bairro Salgado distinguia-se pelo uso de elementos como azulejos, balaústres e alguns relevos do estilo Arte Nova. As cores do exterior eram normalmente garridas, como o rosa e o amarelo, combinando com o friso de azulejos do tipo Arte Nova.
Nesta zona não foram construídas unidades fabris, por influência dos próprios industriais, para não serem incomodados pelo cheiro, pelo barulho e pela presença dos operários, junto às suas moradias.
Actualmente, a maioria dos edifícios estão ao abandono e carecem de obras de manutenção e conservação.

domingo, 9 de agosto de 2009

Revista "Evasões" de Agosto.



A edição de Agosto da revista “Evasões” publica um destacável de 28 páginas inteiramente dedicado a Setúbal, que exalta a oferta e os recursos turísticos e culturais do Concelho.
O suplemento intitula-se “Setúbal é um mundo”, destacando “a serra, o rio, o mar, a boa mesa e as praias de eleição”, para concluir que, “em Setúbal, a diversidade está bem presente” e que a “História e a cultura também ganham terreno num concelho virado para o futuro”.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Programa aprova gare que receberá um milhão de pessoas


Estação destinada a receber comboios, autocarros e embarcação - vai receber um milhão de utentes, que anualmente deverão começar a fazer a travessia do Sado, entre Setúbal e Tróia, a partir de 2011

Uma revolução nos transportes de Setúbal está a caminho. Tudo porque a proposta de uma estação multimodal (destinada a receber comboios, autocarros e embarcação) faz parte do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML), aprovado ontem. O projecto visa responder ao milhão de utentes que anualmente deverão começar a fazer a travessia do Sado, entre Setúbal e Tróia, a partir de 2011, sendo que cerca de três mil serão trabalhadores do novo resort do Litoral Alentejano.

O projecto, idealizado para a Doca das Fontainhas (onde atracam os ferries) era considerado prioritário pela autarquia sadina em sede de revisão do Plano Director Municipal (PDM), mas agora acabou por ser reconhecido no âmbito de um plano superior da autoria do Governo. "Isto quer dizer que passamos a ter garantias de que a estação vai ser feita, porque há o interesse da Refer e do Ministério das Obras Públicos, a quem compete pagar a maior percentagem das obras", segundo o vereador André Martins.

Para já, ainda não existe orçamento nem uma previsão de quando a obra poderá avançar, embora uma equipa se encontre a elaborar o programa de execução para criar os projectos, com os respectivos custos, sendo que o PROTAML deverá ser aprovado no início de 2010. Contudo, segundo o autarca, não é de excluir que a futura estação venha a estar concluída em 2013, dado que existe a possibilidade de vir a ser candidatada ao Quadro de Referência Estratégico Nacional.

O objectivo da estação multimodal visa responder à saturação em que mergulhou a estação rodoviária, em plena baixa, e ao facto da estação de comboios (na Praça do Brasil) distar quase dois quilómetros da zona ribeirinha. "Isto não é uma ligação directa entre Lisboa e Tróia, porque as pessoas têm de ir a pé ou alugar um táxi", sublinha o vereador, alertando ainda para um projecto paralelo que contempla a abertura de um concurso para encontrar um novo concessionário de transportes públicos para a cidade, que utiliza veículos amigos do ambiente, que circulem sobre carris.

"Temos os comboios da Fertágus, que fazem ligação de Lisboa à Praça do Brasil, mas precisamos de ter um outro tipo ainda mais leve", admite, revelando estar apostar no modelo - que já existem em cidade europeias - do "Trem Trem".

Trata-se de um comboio ver- sátil, com o qual a autarquia tenciona vir a fazer a ligação às praias da Arrábida, ao Instituto Politécnico e a Palmela. "É a solução para resolver o problema de circulação em Setúbal", afiança André Martins.