Fiéis frequentadores do Portinho da Arrábida prometem levar camisolas pretas e içar uma bandeira da mesma cor, no areal do Portinho da Arrábida, na tarde do próximo dia 14 de Agosto. A “espontânea” acção visa protestar contra o que rotulam de “degradação” das condições da praia e zona envolvente.
A praia do Portinho, “se fosse olhada como merece, bem poderia ostentar a Bandeira Azul da Europa, mas, em vez desse galardão de qualidade, está pejada de lixos e num estado de acelerada degradação”, cenário que vai motivar um grupo de utentes e amigos daquela praia a içar uma bandeira preta no areal em “sinal de luto.”, agendada para a tarde (17 horas) de 14 de Agosto.
Existe na Internet, no Facebook, uma acção de protesto e defesa pelo Portinho, intitulado “Happy Hour de luto pela Arrábida”, onde já se encontram inscritas mais de 8 mil pessoas.
O desassoreamento galopante da praia do Portinho/Creiro, a retirada de areias do monte branco, o desaparecimento pedonal e corredor de emergência entre o Portinho e o Creio, bem como a falta de limpeza na mata adjacente ao Portinho são, para os dinamizadores da breve acção de protesto, as principais razões da realização da mesma.
Grande parte do areal da conceituada praia já foi levada pelo mar, existindo agora um mar de calhaus. “Tal como foi feito na Costa da Caparica, impõe-se a reposição de areia na praia”, entende Pedro Vieira, que refere ainda o “barril de pólvora” que representa a mata envolvente à praia, que “há décadas não é limpa.” A presença de matilhas de animais abandonados é outro dos problemas referenciados.
A situação tem vindo a agravar-se, particularmente nos últimos três anos. Para os frequentadores do Portinho, “é com tristeza que assistimos ao estado lamentável a que chegou esta praia, integrada na candidatura da Arrábida a património da Humanidade e às 7 Maravilhas Naturais de Portugal”.
Os manifestantes enumeram, um conjunto de questões, na praia e zona adjacente, que os motiva a levar a efeito esta manifestação, agendada para a tarde de dia 14 de Agosto (sábado). A saber: Desassoreamento galopante na praia do Portinho/Creiro; Desaparecimento do monte de areia, frente à Pedra da Anicha; O aumento desmesurado da língua de areia frente à Figueirinha; O quase impossível acesso pedonal e corredor de emergência entre o Portinho e o Creiro; Estacionamento caótico; Falta de Bandeira Azul numa praia em pleno PNA; Matilhas de cães vadios; Ausência de limpeza/ordenamento da mata adjacente à praia e limitações espartanas impostas à náutica de recreio.
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