quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Programa aprova gare que receberá um milhão de pessoas
Estação destinada a receber comboios, autocarros e embarcação - vai receber um milhão de utentes, que anualmente deverão começar a fazer a travessia do Sado, entre Setúbal e Tróia, a partir de 2011
Uma revolução nos transportes de Setúbal está a caminho. Tudo porque a proposta de uma estação multimodal (destinada a receber comboios, autocarros e embarcação) faz parte do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML), aprovado ontem. O projecto visa responder ao milhão de utentes que anualmente deverão começar a fazer a travessia do Sado, entre Setúbal e Tróia, a partir de 2011, sendo que cerca de três mil serão trabalhadores do novo resort do Litoral Alentejano.
O projecto, idealizado para a Doca das Fontainhas (onde atracam os ferries) era considerado prioritário pela autarquia sadina em sede de revisão do Plano Director Municipal (PDM), mas agora acabou por ser reconhecido no âmbito de um plano superior da autoria do Governo. "Isto quer dizer que passamos a ter garantias de que a estação vai ser feita, porque há o interesse da Refer e do Ministério das Obras Públicos, a quem compete pagar a maior percentagem das obras", segundo o vereador André Martins.
Para já, ainda não existe orçamento nem uma previsão de quando a obra poderá avançar, embora uma equipa se encontre a elaborar o programa de execução para criar os projectos, com os respectivos custos, sendo que o PROTAML deverá ser aprovado no início de 2010. Contudo, segundo o autarca, não é de excluir que a futura estação venha a estar concluída em 2013, dado que existe a possibilidade de vir a ser candidatada ao Quadro de Referência Estratégico Nacional.
O objectivo da estação multimodal visa responder à saturação em que mergulhou a estação rodoviária, em plena baixa, e ao facto da estação de comboios (na Praça do Brasil) distar quase dois quilómetros da zona ribeirinha. "Isto não é uma ligação directa entre Lisboa e Tróia, porque as pessoas têm de ir a pé ou alugar um táxi", sublinha o vereador, alertando ainda para um projecto paralelo que contempla a abertura de um concurso para encontrar um novo concessionário de transportes públicos para a cidade, que utiliza veículos amigos do ambiente, que circulem sobre carris.
"Temos os comboios da Fertágus, que fazem ligação de Lisboa à Praça do Brasil, mas precisamos de ter um outro tipo ainda mais leve", admite, revelando estar apostar no modelo - que já existem em cidade europeias - do "Trem Trem".
Trata-se de um comboio ver- sátil, com o qual a autarquia tenciona vir a fazer a ligação às praias da Arrábida, ao Instituto Politécnico e a Palmela. "É a solução para resolver o problema de circulação em Setúbal", afiança André Martins.
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Um comentário:
Transferir a gare rodoviária para a zona ribeirinha não faz sentido, encher a baixa de autocarros e pessoas para os apanhar.
A gare deve ir para fora da cidade, perto da autoestrada e da linha de caminho de ferro. A ligação à zona ribeirinha deve ser feita por trem ligeiro ou autocarro.
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